Alunos realizam bate-papo com diretor do filme “A Fronteira”

       A idéia da visita surgiu depois da realização de um trabalho pedagógico que tinha como foco a imigração ilegal e a busca pelo “sonho americano”. Os estudantes debateram sobre o assunto e, em seguida, puderam conhecer de perto os desafios e experiências de Carminatti. “A Fronteira” conta a história de pessoas que deixaram o Brasil para viver nos Estados Unidos, as diferenças, os problemas, como é atravessar o limite, entre outros.  De acordo com a professora, Olvilen Bez Fontana a escolha do tema foi baseada na realidade de Cocal. “Muitos aqui largam tudo em busca de uma vida melhor. Mas nosso questionamento é: será que vale a pena?”, explica.  O aluno Ricardo Candiotto, 12, diz que depois que assistiu ao filme deu graças a Deus pelo pai ter desistido da viagem. “Não queria que ele fosse, agora mesmo nem pensar. Ainda bem que escolheu São Paulo para trabalhar”. Já para Sônia da Silva, 12, o risco é grande, mas as vezes vale a pena. “Tenho vontade de sair do Brasil. Acho que não tenho futuro aqui”, afirma. 

        Segundo Carminatti o filme foi feito para as pessoas refletirem. “Minha intenção não é convencê-las a ir ou ficar no Brasil. Mas perceber se realmente vale a pena a escolha”, afirma. Além do filme “A Fronteira”, Carminatti dirigiu “Coração de Estudante” e prepara-se para lançar “Segurança Nacional”. O diretor é filho de brasileiros de Criciúma e tem nacionalidade americana. Estudou cinema nos EUA e é mestre na área. Hoje faz trabalhos para a rede Globo. Ajudou na produção da novela América e dirige o Linha Direta.

        Carminatti tem um sonho: “quero fazer um filme com histórias aqui da região Sul”, revela. Além disso, trabalha para que uma empresa americana que produz vídeo se instale na região. O objetivo é dar oportunidade para os jovens e despertar o interesse pelo cinema. Carminatti deve ficar na região até o final desta semana.