Bombeiros e técnicos da Epagri fazem vistoria no Rio Tigre. Prefeito de Cocal quer projeto aprofundado para evitar cheia

             O engenheiro agrônomo da Epagri, especialista na área de irrigação e drenagem, Donato Lucietti e o sargento bombeiro militar de Criciúma, Célio Pereira estiveram em Cocal do Sul e realizaram uma vistoria prévia no rio Tigre que passa sob uma empresa de revestimentos cerâmicos. A visita foi a pedido do prefeito de Cocal do Sul, Nilso Bortolatto, do vice, Valdemar Bettiol e técnicos da administração com o objetivo de levantar dados técnicos para a confecção de um projeto para evitar cheia.          

              Em janeiro deste ano, centenas de famílias foram atingidas pela chuva. A maioria perdeu tudo ou quase tudo dentro de casa. Moradores e técnicos acreditam que o problema do transbordamento do rio Tigre esta em frente a empresa de revestimento cerâmico.  De acordo com Bortolatto há um gargalo sob a empresa.  “O rio é canalizado numa extensão de cerca de 100 metros. Quando chove muito, a água não tem vazão e acaba voltando. Tanto é que quem mora depois do canal não tem problema com alagamento”, explica.           

              Durante a visita prévia, Donato disse que a tendência é ter cada vez mais esse tipo de situação e que as medidas não podem ser momentâneas, tem que se trabalhar pensando no futuro. “Pelo que percebemos o problema em Cocal não é isolado, apenas em frente a empresa. Ele esta em todo o processo. Nós sugerimos um estudo analítico da bacia, precisamos verificar o volume da água para depois pontuar as alternativas. Iremos voltar para um estudo mais aprofundado que vai envolver uma equipe interdisciplinar para a realização de um projeto consistente que inclua a construção de um possível canal auxiliar, estudo ambiental, custos, entre outros”, destaca.   

               De acordo com o sargento, Célio é complicado lidar com as condições climáticas, principalmente quando chove em quatro horas o equivalente a 30 dias. “Em curto prazo, neste ponto isolado é possível detectar que o desassoreamento é necessário.  Isso diminuiria em 20% o problema se levarmos em consideração que a cada 10 cm de rio desassoreado, equivale a milhões de litros de água”, explica.  O sargento também apontou a elevação e alargamento da ponte localizada na rua Paulo Galli como alternativa a curto prazo.          

              Hoje, o desassoreamento do rio Tigre esta sendo realizado próximo a escola infantil, no bairro Jardim Elizabeth. “A administração esta empenhada em encontrar a solução para o problema da cheia. Além disso, a empresa e os moradores também estão somando forças para que o melhor seja realizado. Vamos aguardar os dados precisos e o custo para, em seguida, levantar os recursos  e colocar em prática o projeto”, afirma.                  

              Acompanharam também a vistoria secretários de obras, Edson Zomer; Ação Social e da Família, Geraldo Silveira; Agricultura, Edson Rosso, bombeiro Mauricio, gerente da Epagri de Criciúma, Renato Bez Fontana; engenheiro agrônomo, Cleiton José Pereira; engenheiro industrial, Zedivar Luiz Bardini  e representantes da comissão formada pelos moradores atingidos pela cheia dos bairros Centro e Jardim Elizabeth.