Como os "nonos", descendentes de italiano soltam a voz e relembram com alegria as canções da colonização

            “A valsa dos aposentados”, “Me dá a mão Terezinha”, “Quem te fez”, “Amigos para sempre” foram algumas das canções cantadas durante o 7º Encontro Regional da Canção Folclórica Italiana, em Cocal do Sul. Algumas delas chegam a ter mais de 100 anos e puderam ser relembradas pelos descendentes de italiano da região. O evento foi realizado no salão da igreja matriz e cerca de 180 cantores soltaram a voz em homenagem aos 20 anos de emancipação do município, comemorado no dia 26 de setembro.             

             Os corais participantes foram Trevisani, de Treviso;  Bellunesi, de Siderópilis; Ricordi  d’italia, de Tubarão; Va Pensiero, de Estação Cocal e Morro da Fumaça; Cantando Si Vá, de Urussanga, Coral de Pedras Grandes e Serenata d’Amore, Coral da Natividade e Coral da Família Furlan, de Cocal do Sul.        

              Para a diretora de cultura, Neide de Pellegrin o evento foi prestigiado pela comunidade e emocionou. “Esta é uma forma de incentivar os grupos e para que eles sempre apresentem músicas antigas, antes esquecidas. Tudo isso porque a cultura folclórica tem que ser preservada, ela é o nosso passado. São músicas da colonização italiana que falam do dia a dia, da cidade e tem sempre uma mensagem de vida. Além disso, é um evento que une os grupos, cria uma harmonia e é importante para a integração do nosso turismo”, afirma.       

               O maestro, Jaime de Brida, rege corais há quase 40 anos. Ele já chegou a ter oito de uma só vez. Ele ressalta que essa cultura não pode se perder. “Nós somos coralistas e maestros que vestimos a camisa e precisamos de mais pessoas interessadas. As escolas, por exemplo, deveriam trabalhar na formação desses grupos com esse foco para que a cultura trazida pelos nossos fique firme na história”, incentiva.             

               Para a coralista, Teresinha Possenti a música une as pessoas. “Nós cantamos como nossos nonos, com um  copo de vinho, gaita, sem muita técnica e muita alegria. Antigamente era a fé e a música que levavam as pessoas e a gente faz do mesmo jeitinho”, descata.      

              O evento é uma realização da Prefeitura Municipal através da secretaria de educação, Cultura e Esporte.