Familias ameaçadas por erosão são retiradas da área de risco
Algumas famílias que moram em área de risco, na margem do Rio Cocal, no bairro Guanabara estão sendo retiradas do local. Nesta quinta-feira, 23, duas delas deixaram suas casas. Ao todo seis já foram levadas para domicílios alugados para serem inseridos no programa de auxílio-moradia da Prefeitura de Cocal do Sul. A ação é uma iniciativa da Prefeitura Municipal através das Secretarias Municipais de Ação Social e da Família, de Obras e Defesa Civil.
O processo de remoção dessas famílias teve início no ano passado quando a Administração Municipal encaminhou para a Câmara um projeto de Lei de desafetação da área. O objetivo é retirar os moradores da situação de risco. Por conta disso, as famílias receberão um lote e as casas deverão ser financiadas por meio de programas.
De acordo com o secretário de Ação Social e coordenador da Defesa Civil do Município após a saída dessas duas famílias, a secretaria de Obras fará a demolição das casas. “Na sequência, em parceria com a Fundac, será realizado a dragagem do Rio Cocal e recuperação do leito. Com a entrada de máquinas e a delimitação das margens do terreno, a situação deverá ficar sob controle”, explica.
Segundo o prefeito, Nilso Bortolatto tudo está sendo feito dentro da Lei. “As famílias compreenderam e estão saindo tranqüilas. Com o excesso de chuva no ano passado, as encostas correm risco de desmoronamento e deslizamento. Além disso, a área até então habitada, é de preservação. Queremos evitar que o pior aconteça e dar segurança às famílias. Esperamos até o final desse ano retirar o restante dos moradores”, ressalta.
A moradora Ana Isabel Reis de Souza, 30 anos, é mãe de duas crianças e reconheceu a necessidade da medida. Disse que a segurança é o mais importante. “Depois de cinco anos estou deixando o local. A casa está comprometida e o melhor mesmo a fazer é abandoná-la. Estamos indo para uma casa grande e segura”, afirma.
A aposentada, Maria dos Reis de Souza, 69 anos, obedeceu a orientação da Defesa Civil por reconhecer a gravidade da situação. “A casa estava ficando perigosa. Se batesse outra enchente ela não aguentaria. Eu passei muito medo, tinha noite que nem dormia com receio da água entrar. Agora estou animada, vai ser melhor assim”, destaca.
Mais informações pelo telefone 9933.7310, Geraldo Silveira.