Cocal do Sul promove ações de combate à Tuberculose
O próximo domingo, 24/03, será o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e, para marcar a data, a Secretaria de Saúde de Cocal do Sul irá realizar, a partir da próxima segunda-feira, 25, a semana de ações de prevenção à doença. O trabalho vai acontecer em todas as Unidades de Saúde e nas escolas. A equipe irá distribuir material educativo e orientar a população sobre a doença, métodos de precaução e tratamento.
Em Cocal do Sul, o Programa de Combate à Tuberculose foi instituído em 2005 e o primeiro caso foi diagnosticado neste mesmo ano. Segundo o médico, Dr. Pedro João Snoeyer de lá pra cá 23 casos da doença foram registrados e tratados na rede pública. “Hoje, dois deles estão em tratamento e três estão associados ao vírus HIV. Por essa razão é tão importante as pessoas se aterem à prevenção e aos cuidados para que haja possibilidade de diagnosticar e tratar adequadamente esses pacientes”, destaca.
Dr. Pedro ressalta que há ainda a desinformação por parte das pessoas quanto à gravidade da doença, deixando de se prevenir. “A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões. A transmissão é pelo ar, na balada, no trabalho ou em qualquer outro ambiente. A transmissão ocorre de forma direta, de pessoa a pessoa, ao expelir, falar, espirrar ou tossir. Cada paciente pulmonar bacilífero (BK ), se não tratado, pode infectar em média, de 10 a 15 pessoas por ano”, explica.
O médico também orienta para que todo o paciente seja examinado por um clínico, caso possua tosse crônica por mais de 15 dias. “Aqueles que possuírem tosse com catarro e sangue, a probabilidade é ainda maior para que seja tuberculose. Neste caso é preciso fazer um diagnostico diferencial”, afirma.
Saiba mais
O Dia Mundial da Tuberculose foi lançado, em 1982, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares. Apesar dos avanços conquistados nos últimos anos, a taxa de incidência da tuberculose no Brasil ainda é considerada uma das mais altas do mundo, com 38 casos a cada 100 mil habitantes. Mesmo com índices abaixo da média nacional (27 registros a cada 100 mil pessoas), a doença se propaga em Santa Catarina, em especial entre os grupos considerados mais vulneráveis, como soropositivos, a população carcerária e moradores de rua. No Estado, 22% dos casos registrados estão associados à Aids, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul entre os Estados, e muito acima da média nacional, de 9%. No sistema carcerário os números são ainda maiores, com mil casos a cada 100 mil pessoas.
SINTOMAS
Os sintomas mais comuns são tosse seca contínua no início, com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue, cansaço excessivo, febre baixa, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração.