65% das pessoas do grupo antitabagismo de Cocal pararam de fumar

            Depois de quatro meses de luta diária, Fabrício Zomer, 34 anos, comemora os resultados de uma experiência em grupo que o fez parar de fumar logo na primeira semana do encontro. “Foram 14 anos fumando. Tentei várias vezes sozinho, mas não conseguia. O grupo é um incentivador e a gente se sente na obrigação de não recair”, relata. Fabrício é um dos 16 participantes do Programa de Controle do Tabagismo de Cocal do Sul, coordenado pela Secretaria de Saúde. Desses 10 tiveram resultados surpreendentes e pararam de fumar.  

           Nesta semana, o grupo se reuniu para mais um encontro de reforço ao lado do enfermeiro, Sydney Duarte de Oliveira, coordenador do programa e a nutricionista, Ana Paula Canuto que apresentou algumas orientações para aqueles que ganharam peso nos últimos meses. Alguns encontros contaram ainda com a participação do Prefeito, Ademir Magagnin, da Vice, Cirlene Gonçalves Scarpato e da Secretária de Saúde, Sinara Crippa Milanez, além do acompanhamento frequente do médico responsável pelo Programa, Dr. Marco Aurélio  dos Santos Rosa. 

           Segundo Sidney Cocal do Sul é um dos municípios que tem melhor resultado na região com os grupos antitabagismo. “65% das pessoas conseguiram parar de fumar. É um número bastante alto. Como a procura é muito grande, todos passaram por uma avaliação antes e aqueles com maior brevidade, foram chamados. Já temos ainda uma lista de espera e a Secretaria de Saúde está estudando a possibilidade de abrir mais um grupo no período noturno”, ressalta.O objetivo do Programa é ajudar os participantes a largarem o vício, melhorando a qualidade de vida. O tratamento tem duração de quatro meses e conta com acompanhamento psicológico, médico, nutricionista, dentista, reuniões de grupo e medicamentos. As ações envolvem desde a troca de experiências, apoio entre os participantes até as dicas para evitar a recaída. 

            A dona de casa, Judite Henrique Mendes, 41 anos, fumava há 40 anos e, como Fabrício, não conseguia parar de fumar. “Devo essa conquista ao programa, pois aqui a gente conversa, tem conhecimento dos malefícios à saúde, fica com medo. A gente não imagina como o cigarro faz tanto mal. Eu já estava com problemas no pulmão, mal conseguia subir um morro. Levei 18 dias para deixar de colocar o cigarro na boca. Hoje não suporto mais o cheiro dele, eu que não o tirava da boca nem para lavar a louça. Eram duas carteiras por dia.Graças a Deus não sinto falta e recomendo o grupo para todas as pessoas que fumam, vale à pena”, destaca.

            Para o Coordenador do Programa esta é uma grande oportunidade para aqueles que realmente querem parar de fumar. "O apoio é fundamental e no grupo eles encontram todo o auxílio necessário. Estamos aqui para servir. Cada um só conseguirá largar o vício se realmente se empenhar. O uso de medicamentos também está inserido no programa para ajudar na abstinência e após quatro meses, eles seguem para o grupo de reforço”, ressalta Sidney. 

             Os encontros acontecem na sala de reunião do Pronto Atendimento Central, todas as terças-feiras, no período da tarde. Interessados poderão entrar em contato pelo telefone: 3447-6765, falar com o enfermeiro Sidney. Outros depoimentos Rosa da Silva Gavasso, 50 anos: “Eu não acreditava que iria parar de fumar e não tem coisa melhor na vida. Sinto vontade ainda, mas é controlável. A vontade passa. Eu achava que ia morrer fumando, era a única dos meus irmãos que ainda fumava. Agora vou estimular a minha filha a participar do grupo”.Isolete Oliveira Antunes, 41 anos:  “Fumava desde os 11 anos. Decidi parar por causa da falta de ar e melhorei bastante. Não coloco hoje o cigarro na boca, porque se eu colocar eu tenho certeza que não paro mais”. Alexson Mazuco, 37 anos: “Quando eu bebia, eu fumava a cada hora uma carteira de cigarro. Em dias normais eram duas. Recebi o convite e decidi traçar um novo projeto para a minha vida. O grupo foi decisivo eu fuma há 22 anos e o máximo que consegui ficar sem colocar o cigarro na boca foram 37 dias”.